quinta-feira, 26 de maio de 2011

Jac Motors: enganosidade à chinesa!

Por: Lótus Comunicação

Já que estamos tendo aula de ética esse ano, veja que interessante a matéria abaixo (retirada do site www.tudibao.com.br)

É fato público e notório que os veículos chineses estão “invadindo” os países, inclusive o Brasil. Os erros do passado parecem que foram corrigidos: design de grandes estúdios italianos, grande pacote de tecnologia, garantias extensas, preços convidativos, dentre outros atrativos colocam os automóveis chineses como grande opção para os consumidores brasileiros.
A marca que atualmente se destaca e está na “boca” dos consumidores, sem sombra de dúvidas, é a Jac Motors. A marca, trazida ao Brasil pelo empresário Sérgio Habib, implementa um marketing agressivo tendo como garoto-propaganda nada menos que o Fauto Silva. Além disso, não é raro encontrar publicidade da marca em revistas, sites e jornais especializados ou não em automóveis. Referido marketing está dando retorno, pois, conforme relatos da marca, em 40 (quarenta) dias foram vendidos milhares de carros.

Publicidade da Jac Motors na Internet (site oficial da empresa)
Ocorre que, como já é de costume, “quando a esmola é grande o santo desconfia“. Os consumidores são seduzidos com a oferta de um preço fixo barato e que possui como jargão principal a seguinte frase: “J3, R$37.900,00 e nada mais. Completão” ou “J3 Turin, R$39.900 e nada mais. Completão”. Este jargão está presente em todo o material publicitário da marca, inclusive, nos flyers, estandes de venda, televisão, sites etc.

Flyer da JAc Motors
Todavia, o mesmo atrativo que a marca explora em seus anúncios é o “calcanhar de aquiles” da campanha publicitária. Isto porque, quando se vai à uma concessionária ou estande da marca para adquirir o veículo ou, ao menos, obter informações sobre o mesmo, descobre-se que o valor fixado nos comerciais e defendido “a unhas e dentes” pelo garoto-propaganda Fausto Silva, nada mais é do que um êngodo.
Caso o consumidor opte por um veículo da marca, terá obrigatoriamente que arcar com o pagamento de um frete no valor de R$1.500,00 (hum mil e quinhentos reais), frete este omitido das publicidades, inclusive das famigeradas letrinhas pequenas, já tão usuais nos anúncios de automóveis.

A Jac Motors não se preocupou em colocar o valor do frete, pintura metálica e banco de couro nas "letrinhas".
É óbvio que o frete é cobrado em toda venda de veículos no Brasil, mas TODAS as marcas deixam muito bem claro que há a incidência deste valor no preço final do carro. Ademais, as outras marcas não possuem como mote principal a frase “J3, R$37.900,00 e nada mais. Completão”. O próprio Fausto Silva piora a situação da Jac Motors ao afirmar que “É completão e já vem com tudo, até banco de couro”.




Promessa enganosa da Jac Motors


Ora, para se ter o banco de couro nos veículos da Jac Motors há a necessidade do pagamento do valor de R$900,00 (novecentos reais). O mesmo se diz quanto à pintura metálica, que necessita do pagamento extra de R$700,00 (setecentos reais).
Já discorremos em outros post sobre publicidade enganosa, mas neste caso o que chama a atenção é que a publicidade enganosa é descarada e em rede nacional. Afirma-se que um veículo custa R$37.900,00 e NADA MAIS e, após o consumidor se interessar pelo produto, embute-se preços que não constavam na publicidade.
Alguns podem até afirmar que é justo a cobrança de tais preços, mas ainda mais justo e legal é o consumidor ser informado deles na publicidade. O caso da pintura metálica é igualmente enganoso, pois as cores anunciadas nos flyers, panfletos, sites e televisão são cores metálicas e jamais poderiam ter a cobrança de qualquer valor, pois estão na publicidade como exemplos de cores de carros que o consumidor pode adquirir com a quantia indicada no comercial.
Caso a empresa não teve a assessoria jurídica e publicitária adequada, o que ocorreu sem dúvidas, trata-se de um problema a ser enfrentado por ela e seus assessores, pois foi uma estratégia estabelecida pela própria empresa. Não acreditamos em inocência ou inexperiência da marca, pois o empresário Sérgio Habib é nada menos do que o responsável pela introdução da marca Citroen no mercado brasileiro e, como não se bastasse, ainda é proprietário de uma grande rede de concessionárias daquela marca no Brasil. Dinheiro e experiência para que tais erros não ocorressem ele possui.
Dessa forma, nada mais justo que os consumidores adquiram o veículos sem a incidência do frete, pintura metálica e banco de couro, pois quem fez esta proposta, por meio da publicidade ostesinva, foi a própria Jac Motors e se quer ganhar confiança no mercado brasileiro tem que honrar o que promete, sob pena de piorar a imagem já tão ruim dos produtos chineses!

E aí CONAR, como é que fica?

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