Já que estamos tendo aula de ética esse ano, veja que interessante a matéria abaixo (retirada do site www.tudibao.com.br)
É fato público e notório que os veículos chineses estão “invadindo” os países, inclusive o Brasil. Os erros do passado parecem que foram corrigidos: design de grandes estúdios italianos, grande pacote de tecnologia, garantias extensas, preços convidativos, dentre outros atrativos colocam os automóveis chineses como grande opção para os consumidores brasileiros.
A marca que atualmente se destaca e está na “boca” dos consumidores, sem sombra de dúvidas, é a Jac Motors. A marca, trazida ao Brasil pelo empresário Sérgio Habib, implementa um marketing agressivo tendo como garoto-propaganda nada menos que o Fauto Silva. Além disso, não é raro encontrar publicidade da marca em revistas, sites e jornais especializados ou não em automóveis. Referido marketing está dando retorno, pois, conforme relatos da marca, em 40 (quarenta) dias foram vendidos milhares de carros.
Ocorre que, como já é de costume, “quando a esmola é grande o santo desconfia“. Os consumidores são seduzidos com a oferta de um preço fixo barato e que possui como jargão principal a seguinte frase: “J3, R$37.900,00 e nada mais. Completão” ou “J3 Turin, R$39.900 e nada mais. Completão”. Este jargão está presente em todo o material publicitário da marca, inclusive, nos flyers, estandes de venda, televisão, sites etc.
Todavia, o mesmo atrativo que a marca explora em seus anúncios é o “calcanhar de aquiles” da campanha publicitária. Isto porque, quando se vai à uma concessionária ou estande da marca para adquirir o veículo ou, ao menos, obter informações sobre o mesmo, descobre-se que o valor fixado nos comerciais e defendido “a unhas e dentes” pelo garoto-propaganda Fausto Silva, nada mais é do que um êngodo.Caso o consumidor opte por um veículo da marca, terá obrigatoriamente que arcar com o pagamento de um frete no valor de R$1.500,00 (hum mil e quinhentos reais), frete este omitido das publicidades, inclusive das famigeradas letrinhas pequenas, já tão usuais nos anúncios de automóveis.
É óbvio que o frete é cobrado em toda venda de veículos no Brasil, mas TODAS as marcas deixam muito bem claro que há a incidência deste valor no preço final do carro. Ademais, as outras marcas não possuem como mote principal a frase “J3, R$37.900,00 e nada mais. Completão”. O próprio Fausto Silva piora a situação da Jac Motors ao afirmar que “É completão e já vem com tudo, até banco de couro”. Ora, para se ter o banco de couro nos veículos da Jac Motors há a necessidade do pagamento do valor de R$900,00 (novecentos reais). O mesmo se diz quanto à pintura metálica, que necessita do pagamento extra de R$700,00 (setecentos reais).
Já discorremos em outros post sobre publicidade enganosa, mas neste caso o que chama a atenção é que a publicidade enganosa é descarada e em rede nacional. Afirma-se que um veículo custa R$37.900,00 e NADA MAIS e, após o consumidor se interessar pelo produto, embute-se preços que não constavam na publicidade.
Alguns podem até afirmar que é justo a cobrança de tais preços, mas ainda mais justo e legal é o consumidor ser informado deles na publicidade. O caso da pintura metálica é igualmente enganoso, pois as cores anunciadas nos flyers, panfletos, sites e televisão são cores metálicas e jamais poderiam ter a cobrança de qualquer valor, pois estão na publicidade como exemplos de cores de carros que o consumidor pode adquirir com a quantia indicada no comercial.
Caso a empresa não teve a assessoria jurídica e publicitária adequada, o que ocorreu sem dúvidas, trata-se de um problema a ser enfrentado por ela e seus assessores, pois foi uma estratégia estabelecida pela própria empresa. Não acreditamos em inocência ou inexperiência da marca, pois o empresário Sérgio Habib é nada menos do que o responsável pela introdução da marca Citroen no mercado brasileiro e, como não se bastasse, ainda é proprietário de uma grande rede de concessionárias daquela marca no Brasil. Dinheiro e experiência para que tais erros não ocorressem ele possui.
Dessa forma, nada mais justo que os consumidores adquiram o veículos sem a incidência do frete, pintura metálica e banco de couro, pois quem fez esta proposta, por meio da publicidade ostesinva, foi a própria Jac Motors e se quer ganhar confiança no mercado brasileiro tem que honrar o que promete, sob pena de piorar a imagem já tão ruim dos produtos chineses!
E aí CONAR, como é que fica?
E aí CONAR, como é que fica?
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