
Prédio da Maison Louis Vuitton na Champs Elysees - França Por: www.servcorp.eu
Mas cada vez mais alguns dos tradicionais rótulos do luxo são reposicionados com apelos mais contemporâneos e excitantes. Marcas, mais sóbrias e elegantes, são convertidas pela magia do redesign e do reposicionamento. Com feições mais joviais e ‘cool’, produtos de uma marca secular são usados com bermudas e tênis com linhas mais jovens e esportivas nas campanhas publicitárias, agora mais democratizadas e atingindo revistas e mídias, até então, renegadas pelo velhoe e bom luxo.
O novo luxo do masstige é comunicado com abordagens festivas ligados aos prazeres mundanos do dia-a-dia. A democracia da comunicação do luxo desfez a velha designação do luxo como vaidade supérflua. Hoje a publicidade reflete o verniz aristocrático da marca, mas aprofunda os apelos sensoriais e emocionais, traz a marca para o universo da vida cotidiana e desfaz a áurea sisuda do luxo afinada pela raridade e pelo seu aspecto de tradição e maturidade quase senil.
A linguagem do novo luxo hoje penetra nas proteções fechadas do luxo inacessível e cria uma identidade visual mais jovem, mensagens mais ousadas e divertidas e se comunica intimamente com a moda, a tecnologia e com as novíssimas tendências.
As campanhas afirmam que o luxo é uma realização para o espírito e uma recompensa íntima, uma auto-satisfação e gratificação psíquica. O luxo de ontem se transforma na necessidade de hoje e o gosto pelas pequenas indulgências se generalizou. Hoje nas campanhas, todos querem ter estilos de vida e usufruir das benesses da beleza, do lazer, do turismo e dos confortos da decoração, dos cuidados do corpo e dos prazeres festivos com ‘cardápios cultivados’ e ‘líquidos preciosos’. A publicidade aproxima os novos consumidores do luxo de universos inéditos e inexplorados e as imagens e os textos se comunicam com seus “targets”, oferecendo paixões, sensualismo e humores a vida. o luxo se alimenta menos das conotações do poder, opulência e status e cada vez mais com o sensacionismo estético e narcísico de nossos dias. Como diz a especialista francesa na área, Eliette Roux, cada um agora tem sua própria definição do que seja o luxo. Celebramos na publicidade o “luxo plural”, “a la carte”, emancipado dos critérios de preço ou de exceção extrema. O que importa é o prazer pessoal mais do que a uma pertença de elite fechada.
Chegamos à estação do individualismo no luxo, onde fileiras ganham novos perfis e feições, onde novos consumidores exigentes e sofisticados aguardam nas plataformas, o embarque com ansiedade. Se no universo do novo luxo os anúncios publicados em revistas especializadas e os eventos de relacionamento com seus públicos cada vez mais se torna uma necessidade, é no universo dos produtos do luxo acessível, que são confeccionados campanhas de comunicação em maior volume para veiculação em mídias seletivas por ocasião do lançamento de novos produtos, apoio à expansão de linhas de produto ou da marca internacionalmente.
Fonte:http://altovaloragregado.blogspot.com/2006/09/comunicao-estratgica-do-novo-luxo.html
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