quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Lucro sobe, mas receita com anúncios diminui no 3.o trimestre

Resultados divulgados nesta quarta-feira (3/11) mostram desafios da migração para modelo de negócio baseado em publicidade online.

Embora a publicidade online esteja em franca recuperação em 2010, a receita da AOL caiu no terceiro trimestre deste ano, afetada por uma queda significativa em seu negócio de publicidade, indicam os resultados financeiros divulgados pela empresa nesta quarta-feira (3/11).

Comparada com o mesmo período de 2009, a receita caiu 26%, para 563,5 milhões de dólares. O resultado reflete o impacto da queda de 27% na receita com publicidade, que ficou em 292,8 milhões de dólares, e também um declínio de 26% em receita proveniente de assinaturas.

No entanto, graças a cortes de custos e ganhos com a venda de unidades e com investimentos, o lucro líquido da AOL cresceu 132%, saltando de 74 milhões de dólares para 171,6 milhões. Os ganhos por ação saltaram 39%, de 67 centavos de dólar para 93 centavos.

A AOL atribuiu 62,3 milhões de dólares de declínio na receita a “iniciativas” como a venda e a alienação de algumas unidades e subsidiárias, bem como a reduções da equipe de vendas.

Desempenho inferior
De qualquer modo, a empresa teve desempenho inferior em seu negócio de publicidade online – e isso apesar de os gastos com publicidade terem se recuperado este ano depois de uma ligeira contração em 2009.

Nos Estados Unidos, a receita de publicidade online cresceu 11,3%, para 12,1 bilhões de dólares, durante os primeiros seis meses do ano, quando comparado com o mesmo período de 2009, segundo o Interactive Advertising Bureau (IAB) e a PricewaterhouseCoopers (PwC).

Este resultado é o mais alto já alcançado num primeiro semestre, o que coloca 2010 no caminho para atingir o recorde anual, de acordo com o último relatório Internet Advertising Revenue Report, produzido em parceria pelo IAB e pela PwC.

Tanto a Google como a Yahoo, rivais da AOL, divulgaram receitas crescentes no terceiro trimestre.

Por anos a AOL tem tido desempenho inferior à média em publicidade online. As notícias desta quarta-feira colocam em dúvida a capacidade da AOL de estabelecer uma transição de um negócio baseado em assinaturas de acesso discado à Internet para um modelo baseado em receita publicitária.

Depois que a Time Warner promoveu sua separação em dezembro, mediante uma oferta pública de ações, a AOL tornou-se uma empresa independente cuja estratégia, sob o comando do CEO Tim Armstrong, é incrementar seu negócio de publicidade online tornando-se um provedor de conteúdo original em larga escala.

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